Não costumo assistir televisão, mas hoje senti uma imensa vontade de acompanhar a programação, eis que me deparo com o horário político que, como todos sabem, nunca agradou ninguém.
Meu patriotismo virou cinzas, e isso se deve a um comentário que um parente meu fez. Certo dia, esse parente estava assistindo a programação normal da televisão, e se deparou com uma notícia desumana. Citava em certo canal, uma mãe que vivia com seus sete filhos em uma "casa" de apenas um cômodo e uma cama. Fiquei perplexa ao ouvir tal descaso com a dignidade humana, e me senti envergonhada de ter direitos em uma constituição que não assegura estes mesmos a todos os "cidadãos brasileiros".
Divido com vocês algumas imagens que peguei na internet. Expondo a minha escassez de palavras, deixo traduzida a explosão de sentimentos infiéis que atormenta minha mente, e que secam ao chegar na garganta. De mãos atadas, me sinto um ser solitário dentre os demais, incapacitado de doar minha preocupação com meus irmãos perante Deus.
Nas campanhas políticas, indivíduos fazem o seu rótulo e vendem sua imagem com propostas que chegam a soar como indecência aos telespectadores. Mensagens de patriotismo barato, e uma fé inexplicavel, da qual nunca tivemos conhecimento. Propostas de educação fajuta e uma segurança que nunca teremos. Um poder incalculável que transfere direitos e deveres dos populares à contas no exterior.
O mundo está em nossas mãos. Já é chegada a hora de retirar as vendas que cobrem nossos olhos, e seguirmos a um futuro de liberdade de expressão. As cordas que nos enforcam são as mesmas que nos impedem de lutar. Tememos o que não conhecemos e tal temor faz nossa voz calar diante do óbvio. Nos acomodamos a sermos acorrentados pela falta de decência, pois temem a voz do povo, como certo ditado revela "A voz do povo é a voz de Deus".