domingo, 20 de fevereiro de 2011

Dos teus lábios infames saem palavras de um amor inventado para iludir
Doces palavras citadas em vão, e no vago silêncio flutuaram com um cínico sorriso de canto de boca
Falsas promessas, esperanças criadas no vão das ilusões perfeitas
E ainda crês que o tal ‘amor’ existe
Dizes ‘eu te amo’, mas é outra que teus pensamentos nomeiam
Pensas no futuro, mas as mãos que um dia andariam entrelaçadas, hoje andam com vãos entre os dedos, esperando a coragem de soltá-las
E um dia reconhecerás, tarde será o mesmo, tal como o tempo que espero a tua presença vulgar
E nas fendas dos pensamentos mais lindos haverá as lágrimas apagadas pelo sono que logo vem
Sinta-se em casa e veja como é fácil querer mais não ter, dar atenção e a mesma nunca receber
Veja como é belo o sorriso mascarado que lhe trago, junto com as flores murchas pelo tempo da espera
Sinta como é doce a vingança que escorre como veneno no canto da boca, e delicadamente o enxugas com as pontas dos dedos
Delicia-te das promessas falhas que lhe sussurram aos ouvidos e cotovelos
Assim entenderás qual o sentido do tal ‘amor’ que conjugas sem ao menos sentir.

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