quinta-feira, 7 de julho de 2011

Brincando de amar


Esculpia com as mãos delicadas o imperfeito do corpo
Aos olhos do perfeccionista as curvas ganhavam destaque
Em meio aos cílios repousando, a boca invadia o desconhecido
Mordia os lábios da alma desnorteada
E as mãos deslizavam
Faziam-se doces as maçãs do rosto
Avermelhadas pelo incerto sorriso que surgia
Fruto do céu anil, imensidão nua e sem fim
Como os olhos azuis, piscinas mornas de se mergulhar
Afogar-se na água límpida dos olhares de malícia
E lá nadar a favor da correnteza,
Deixando o batom vermelho fazer pegadas na pele
No deslize de incertezas e medos
As pálpebras novamente se tocam
Deixando o instinto nos tomar pelas mãos
E o jogo de advinhas começa outra vez

O toque da solidão


Desejo o amor em cada palavra tua
Se o silêncio ousar se pronunciar,
Que um beijo, de olhos fechados, o derrote

Ouse, se permita sentir o arder da alma
Abuse do toque leve das mãos
Leia meu corpo e o traduza

Prove cada parte de mim
Core as bochechas ao retirar de cada malícia
Queira estar ao meu lado quando até a solidão desistiu

Decifra-me em cada sorriso
Busca-me em cada lágrima
Sinta-me em cada chama prestes a inflamar
Degusta-me sem nenhum juízo