quinta-feira, 7 de julho de 2011

Brincando de amar


Esculpia com as mãos delicadas o imperfeito do corpo
Aos olhos do perfeccionista as curvas ganhavam destaque
Em meio aos cílios repousando, a boca invadia o desconhecido
Mordia os lábios da alma desnorteada
E as mãos deslizavam
Faziam-se doces as maçãs do rosto
Avermelhadas pelo incerto sorriso que surgia
Fruto do céu anil, imensidão nua e sem fim
Como os olhos azuis, piscinas mornas de se mergulhar
Afogar-se na água límpida dos olhares de malícia
E lá nadar a favor da correnteza,
Deixando o batom vermelho fazer pegadas na pele
No deslize de incertezas e medos
As pálpebras novamente se tocam
Deixando o instinto nos tomar pelas mãos
E o jogo de advinhas começa outra vez

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