segunda-feira, 21 de março de 2011

Lua Cheia no Perigeu


Traços desenhando o céu nas formas tuas
Curvas definidas da mais doce perfeição
Cabelos ao vento e o som da noite é a música ideal
Teu anil se mistura com meu celeste, azul, doce, mas ainda sim azul
Iluminando as faces da corada imperfeição
Somos dois, milhões de partículas borbulhando em nós
E o coração só obedece ao que lhe chama ao pé do ouvido
Estrelado céu anil e não quero notá-lo
Quero desejar-te, possuir-te, me perder nas curvas celeste com meu azul anil iluminando teu rosto
E se não bastar tais súplicas de amor anoitecido
Deixo o brilho do olhar mais intenso aos teus cuidados
Espelhos d’água ao som das brisas mais esvoaçantes
Brilhantes como a estrela nesta noite que vai se acabando
Colocando ao fim mais um som boêmio,
O som das curvas que um dia segui com as mãos,
Sentia-se o arrepio profundo do ‘sentir’
E com as mãos nos olhos tentava procurar distração pra tal pecado
- Dó de mim não tens, Deus? Pobre mortal passando por essa tentação..
E com os olhos já cheios de água, a si mesmo respondia,
- Não, não tens dó, é carma a se pagar, desejar tal pessoa, essa sim tem meus desejos nas mãos e ainda sim brinca com tal chama, sabendo que não queima mais
Olhando para o horizonte só sentia o aroma, e a chama incandesceu
Tornou-se fogo a dominar, ardeu, queimou
Porém naquela noite de lua cheia com brisa de outono e aroma de jasmim sabia-se que a chama era contida no seu próprio queimar, se destruiu, como quem não se conhece mais.

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