quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Tempo, a quimera dos que vivem





Como cheiro de perfume importado, marquei você em mim
Delicadamente voraz com ar de quero mais
Desenhei nas tuas linhas a beleza do por de sol
Escondi minhas vergonhas nas tuas costas entalhadas
Abracei teu ego, te ninei, cuidei como se fosse pra sempre meu
E ao olhar para o lado me vi sem você
Criou asas e abandonou o meu delírio
Pedi ao destino que me explicasse, e ouvi ‘só o tempo dirá’
Tempo é quimera, idealização de algo indefinido
Sem saber o que pensar, resolvi deixar o tempo, dono dos finais, me mostrar
E ao perceber tamanha reviravolta, vi minha vida definitivamente mudada
Estava ao lado de outro e você já nem sabia onde estava
Me vi ali vivendo, coisa boa de se fazer
E um dia te vi sofrendo, coisa que jamais gostaria de ver
E a roleta girou mais uma vez, um dia chorei, outro dia sorri, às vezes gritei e quase morri,
Mas morrer de amor é diferente, você morre por dentro, mas continua vivendo.

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