'Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.' Clarice Lispector
terça-feira, 5 de abril de 2011
Deparou-se com o riso mais incerto
Lavou o rosto com as lágrimas que lhe percorriam o corpo, tomando caminhos perigosos
Dos desejos, restou-lhe apenas o querer
A saudade fizera morada no seu desespero enaltecido
O brilho, que antes pertencia-lhe aos olhos, hoje mantém-se distante
Das malícias, tens apenas as memórias
Esquecida dentre a multidão, vê-se pânico, lê-se só ao que todos dizem - 'tenha dó'
Mas dó nenhuma tem-se de quem se deixa levar por sentimentos sórdidos
A queixa maior é ser lembrada como a 'tal ninguém', podia, mas não queria entender tal apelido
Quem chega, se depara, ao longe, com a tal, e de pobre tem-se apenas os trapos e o coração, que perdeu o brilho ao partir-se no meio.
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